Indignação

Estive hoje em um evento de futebol e, dentre outras várias observações, me chamou a atenção a forma como um pai, e logo depois, uma mãe (da mesma criança) estavam tratando o pequenino menino.

Havia uma fila super extensa para o buffet, estava um calor de matar e uma música super alta (ao ponto de perguntar a mim mesma, o que estava fazendo ali). Os "zelosos" pais insistiam para que o menino fosse brincar na piscina de bolinhas e ele choroso pedia colo. O pai então sacudiu o menino e o colocou na porta do tal brinquedo. Aos prantos ele olhava para mãe, que calmamente dançava na fila.

Como não havia lugar para brincar nas bolinhas, ele retornou para o pai, que então lhe deu dois tapas no bumbum, e, mãe, então o segurou no colo, em meio a olhares indignados.

Foi então que o pai confessou a um colega que o acompanhava na fila "Menino deve ser tratado assim, senão vira frutinha." Uma justificativa infame às suas ações completamente descoordenadas.

Meu coração doeu duplamente, primeiro, por imaginar a vida daquela criança e, segundo, pelo soco no estômago pela existência de pessoas tão destoadas do momento em que a humanidade está passando.

Com o risco de ser considerada ingênua, para mim é inimaginável que alguém, com o mínimo de instrução, ainda pense dessa forma.

Desta situação, algumas lições.

Violência não é caminho para ninguém, nem para lugar nenhum.

Crianças aprendem por exemplo, principalmente, dos pais. Quem ensina porcaria tende a colher o mesmo.

Preconceito é algo que deveria ser abolido da nossa sociedade (sei... um tanto utópica essa minha afirmação).

E, por fim, constato, novamente, que certas pessoas simplesmente não deveriam ter filhos. É, simples assim.

Melhores caminhos virão, tenho certeza e fé.

Abraços para todos.

Um comentário:

  1. Infelizmente nos deparamos cada vez com pessoas que JAMAIS deveriam ser pais!

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Comentários